Ir. REGINE CANETTI, nds Congregação de Nossa Senhora de Sion “Eu sou Regine Canetti, nasci em Sófia na Bulgária, em 1921, de uma família judia: minha mãe era Rachel Canetti, meu pai Albert Canetti e também tinha uma irmã, quatro anos mais velha que eu, e um irmão três anos mais novo que eu. Não íamos muito frequentemente à Sinagoga, éramos judeus, diferente de todos aqueles que estavam à nossa volta, que eram cristãos ortodoxos.” Ir. REGINE CANETTI, nds “Entrei para uma escola francesa: Notre Dame de Sion. Fiquei 12 anos nessa escola e tive o meu último ano de escola em 1940: era exatamente o início da guerra, da Segunda Guerra Mundial”. Ir. REGINE CANETTI, nds Congregação de Nossa Senhora de Sion “Meu pai nunca teve documentos búlgaros, tinha documentos estrangeiros, por isso, quando começou a guerra, o governo da Bulgária disse para nós, judeus que não éramos búlgaros: ‘nós não conseguimos proteger vocês, não podemos fazer nada por vocês se acontecer alguma coisa, então vocês precisam deixar o país’. Então um judeu que estava cuidando dos judeus na Bulgária encontrou um barco antigo já meio destruído. Então todos os judeus que tiveram que sair foram para esse barco no porto de Warna na Bulgária. Foi horrível, pois foi no inverno, em 15 de dezembro e aquele pequeno barco era fraco, mas as pessoas estavam se empurrando para entrar. Acho que o navio poderia levar apenas 150 pessoas mas tinham 350”. Ir. REGINE CANETTI, nds Congregação de Nossa Senhora de Sion “Entramos naquele barco e pensamos que em cinco dias chegaríamos a Palestina, mas como eu disse, era inverno e o mar estava muito agitado, então nós não conseguimos seguir com o planejado.Chegamos primeiro perto de Istambul na Turquia e lá tivemos que parar, mas como éramos pessoas ilegais o governo turco disse nos para ficar três quilómetros perto da praia e tivemos que ficar lá durante cinco dias”. Ir. REGINE CANETTI, nds Congregação de Nossa Senhora de Sion “Saímos, mas à tarde o tempo mudou de novo, de novo voltou a tempestade cada vez mais forte e o barco começou a se quebrar. E no fim meu pai falou: “nós sabemos nadar, vamos nos lançar na água e nadar”. Ele nos atirou na água, mas uma vez na água tempestuosa, as ondas eram altas cada vez mais altas, foi horrível, mais uma vez que estávamos na água estava com meu pai, minha mãe, meu irmão e eu (a minha irmã não estava conosco, pois ela já era casada). Minha mãe e meu irmão se afogaram, morreram, e meu pai foi salvo comigo. Cento e catorze sobreviveram, a maioria das pessoas morreu”. Ir. REGINE CANETTI, nds Congregação de Nossa Senhora de Sion “As Irmãs de Sion me encontraram naquele Kibutz e me convidaram para vir para Jerusalém me falaram que me dariam o que eu precisasse e assim eu fiz. E aos pouquinhos, pedi para me tornar uma religiosa”. Ir. REGINE CANETTI, nds Congregação de Nossa Senhora de Sion “Não acredito que faço 100 hoje, mas sim.Se me perguntar se eu queria mudar algo da minha vida passada eu diria que não, foi tão cheia, tão cheia de de aventuras: espiritualmente, fisicamente, moralmente, socialmente, eu sou muito feliz.” Read More