Pe. DAVID NEUHAUS, sj Companhia de Jesus No seu leito, convalescendo de uma terrível ferida recebida em batalha, lendo livros sobre Cristo e os Santos, começou a pensar no que poderia fazer para imitar a vida dos Santos e de Cristo… imediatamente ele liga sua reflexão à Jerusalém. Um peregrino excepcional. Era 4 de setembro de 1523 quando a Santo Inácio de Loyola veio a Jerusalem pela primeira vez. 500 anos se passaram desde aquela "santa viagem" que começou e se concluiu com a Cidade Santa. Pe. DAVID NEUHAUS, sj Companhia de Jesus Era uma peregrinação normal, guiada pelos franciscanos, vivia com eles, mas dentro dele havia um desejo ardente de permanecer na Terra Santa. Para ele foi um grande consolo visitar os lugares santos: no Cenáculo, provavelmente foi acolhido no Monte Sião, pelos franciscanos; no Santo Sepulcro participou das missas e procissões, visitando o Monte das Oliveiras, indo para Ein Karem, Belém, chegando até Jericó e ao rio Jordão. Quando finalmente pediu permissão ao Padre Custódio para ficar, foi informado de que era impossível permanecer. Embora o desejo de viver em Jerusalém para trabalhar pelas almas o tenha animado por todos os anos, de 1521 a 1523, uma vez que o Custódio lhe disse não, ele aceitou a resposta. Isso é algo que caracteriza a obediência jesuíta à autoridade da Igreja. Ao voltar de sua peregrinação, Inácio recebeu a aprovação pontificia da Companhia em 1540 em Roma. Em Jerusalém, a Companhia de Jesus, fundada por Santo Inácio de Loyola está presente desde 1913 com o Pontifício Instituto Bíblico. Uma presença que quer ser um sinal concreto do seu desejo de estar em contato com os Lugares por onde Jesus passou. Pe. MIGUEL ANGEL GARCIA, sj Vice Superior da Companhia de Jesus na Terra Santa Desde então temos estado presentes em diversas atividades, todas relacionadas ao mundo bíblico. Primeiro através da arqueologia e, nos últimos 30/40 anos, como campus do Instituto em Roma, para os nossos alunos que desejam passar algum tempo aqui estudando, mas a presença da Companhia de Jesus é mais ampla. Temos jesuítas que trabalham na Universidade de Belém há 40 anos, alguns irmãos que trabalham no Instituto Tantur, na verdade, o diretor; temos jesuítas que trabalham também com migrantes, ensinando-lhes inglês. Há alguns que passam o tempo fazendo retiros, ensinando no seminário local ou sendo guias espirituais. Read More